Performance:
Fr.: performance; Ingl.: performance; Al.: performance; Esp.: espectáculo.
A performance ou performance art, expressão que poderia ser traduzida por “teatro das artes visuais”, surgiu nos anos sessenta mas só chega à maturidade nos anos oitenta. Não é fácil distingui-la do happening, influenciado pelas obras do compositor John CAGE, do coreógrafo Merce CUNNIGHAM, do videomaker Name JUNE PARK e do escultor Allan KAPROW.
A performance associa, sem preconceber ideias, artes visuais, teatro, dança, música, vídeo, poesia, cinema. É apresentada não em teatros, mas em museus ou galerias de arte. Trata-se de um “discurso caleidoscópio multitemático” (A. WIRTH).
Enfatiza-se a efemeridade e a falta de acabamento da produção, mais do que a obra de arte representada e acabada. O performer não tem que ser um ator desempenhando um papel, mas sucessivamente recitante, pintor, dançarino e, em razão da insistência sobre sua presença física, um autobiógrafo cênico que possui uma relação direta com os objetos e com a situação de enunciação. “A arte da performance é perpetuamente reestimulada por artistas que tem de seu trabalho uma definição híbrida, deixando, sem pudor, que suas ideias derivem na direção do teatro, de um lado; por outro, no da escultura, considerando mais vitalidade e o impacto do espetáculo do que a correção da definição teórica daquilo que estão fazendo. A performance art, a bem dizer, não quer significar nada” (Jeff NUTTAL).
Fr.: performance; Ingl.: performance; Al.: performance; Esp.: espectáculo.
A performance ou performance art, expressão que poderia ser traduzida por “teatro das artes visuais”, surgiu nos anos sessenta mas só chega à maturidade nos anos oitenta. Não é fácil distingui-la do happening, influenciado pelas obras do compositor John CAGE, do coreógrafo Merce CUNNIGHAM, do videomaker Name JUNE PARK e do escultor Allan KAPROW.
A performance associa, sem preconceber ideias, artes visuais, teatro, dança, música, vídeo, poesia, cinema. É apresentada não em teatros, mas em museus ou galerias de arte. Trata-se de um “discurso caleidoscópio multitemático” (A. WIRTH).
Enfatiza-se a efemeridade e a falta de acabamento da produção, mais do que a obra de arte representada e acabada. O performer não tem que ser um ator desempenhando um papel, mas sucessivamente recitante, pintor, dançarino e, em razão da insistência sobre sua presença física, um autobiógrafo cênico que possui uma relação direta com os objetos e com a situação de enunciação. “A arte da performance é perpetuamente reestimulada por artistas que tem de seu trabalho uma definição híbrida, deixando, sem pudor, que suas ideias derivem na direção do teatro, de um lado; por outro, no da escultura, considerando mais vitalidade e o impacto do espetáculo do que a correção da definição teórica daquilo que estão fazendo. A performance art, a bem dizer, não quer significar nada” (Jeff NUTTAL).
Andrea NOURYEH, em artigo inédito, distingue cinco tendências da performance:
· A body usa o corpo do performer para pô-lo em perigo (V. ACCONCI, Ch. BURDEN, G. PANE), expô-lo ou testar sua imagem.
· Exploração do espaço e tempo através de deslocamentos, em câmera lenta, das figuras: como em Walking in na Exaggerated Manner Around the Perimeter of a Square, de RINKE (1968).
· Apresentação autobiográfica em que o artista fala de acontecimentos reais de sua vida (L. MONTADO: Michell Death; ou Spalding GRAY: A Personal History of the American Theater, 1980)
· Cerimônia ritual e mítica, como, por exemplo: Orgias e Mistérios, de NITSCH.
· Comentário social: como o videomaker Bob ASHLEY contando as mitologias modernas e Lauri ANDERSON em United States, I e II (1979-1982), combinando poesia, violino eletrônico, filme e slides num espetáculo multimídia.
Performer
Fr.: performer; Ingl.: performer; Al.: performer; Esp.: performer.
1. Termo inglês usado às vezes para marcar a diferença em relação à palavra ator, considerada muito limitada ao intérprete do teatro falado. O performer, ao contrário, é também cantor, bailarino, mímico, em suma, tudo o que o artista, ocidental ou oriental, é capaz de realizar (to perform) num palco de espetáculo. O performer realiza sempre uma façanha (uma performance) vocal, gestual ou instrumental, por oposição à interpretação e à representação mimética do papel pelo ator.
2. Num sentido mais específico, o performer é aquele que fala e age em seu próprio nome (enquanto artista e pessoa) e como tal se dirige ao publico, ao passo que o ator representa seu personagem e finge não saber que é apenas um ator de teatro. O performer realiza uma encenação de seu próprio eu, o ator faz o papel de outro.
Bibliografia
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Pavis, PATRICE. Dicionário de Teatro. Ed. Perspectiva. 3ª Edição 2008.
· A body usa o corpo do performer para pô-lo em perigo (V. ACCONCI, Ch. BURDEN, G. PANE), expô-lo ou testar sua imagem.
· Exploração do espaço e tempo através de deslocamentos, em câmera lenta, das figuras: como em Walking in na Exaggerated Manner Around the Perimeter of a Square, de RINKE (1968).
· Apresentação autobiográfica em que o artista fala de acontecimentos reais de sua vida (L. MONTADO: Michell Death; ou Spalding GRAY: A Personal History of the American Theater, 1980)
· Cerimônia ritual e mítica, como, por exemplo: Orgias e Mistérios, de NITSCH.
· Comentário social: como o videomaker Bob ASHLEY contando as mitologias modernas e Lauri ANDERSON em United States, I e II (1979-1982), combinando poesia, violino eletrônico, filme e slides num espetáculo multimídia.
Performer
Fr.: performer; Ingl.: performer; Al.: performer; Esp.: performer.
1. Termo inglês usado às vezes para marcar a diferença em relação à palavra ator, considerada muito limitada ao intérprete do teatro falado. O performer, ao contrário, é também cantor, bailarino, mímico, em suma, tudo o que o artista, ocidental ou oriental, é capaz de realizar (to perform) num palco de espetáculo. O performer realiza sempre uma façanha (uma performance) vocal, gestual ou instrumental, por oposição à interpretação e à representação mimética do papel pelo ator.
2. Num sentido mais específico, o performer é aquele que fala e age em seu próprio nome (enquanto artista e pessoa) e como tal se dirige ao publico, ao passo que o ator representa seu personagem e finge não saber que é apenas um ator de teatro. O performer realiza uma encenação de seu próprio eu, o ator faz o papel de outro.
Bibliografia
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Pavis, PATRICE. Dicionário de Teatro. Ed. Perspectiva. 3ª Edição 2008.
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