terça-feira, 17 de agosto de 2010

Performance no Mundo

- Década de 1910: O Movimento Futurista, na Itália, marca o início de atividades e ideias organizadas. Marinetti lança o Manifesto Futurista. Pintores, poetas, músicos e artistas das mais diversas artes se engajam no movimento, que repercurte em toda a Europa.



Manifesto do Movimento Surrealista, lançado por Marinetti.

- 1916: Abertura do Cabaret Voltaire em Zurique. Germinação do Movimento Dadá, experimentação total, do expressionismo ao rito, do guinol ao macabro.

- 1917: Estreia de Parade de Jean Cocteau e Le Mamelles de Tirésias de Apollinaire, em Paris, que revolucionam o conceito de dança e de encenação. As duas peças causam espanto no público.

- Década de 1920: Os dois espetáculos e o lançamento da revista Littérature criam as bases para o surgimento do Movimento Surrealista. Em termos cênicos, o ingrediente do surrealismo é provocar a plateia, atacando o realismo no teatro. Inovações como mostrar uma multidão em uma só pessoa ou apresentar peças sem texto são testadas.

- A Bauhaus alemã também desenvolve experiências cênicas, integrando arte e tecnologia. É a primeira insituição de arte que organiza workshops de performances.


Ballet Triádico

Ballet Triádico (1922), espetáculo de Oskar Schlemmer, diretor da sessão de artes da Bauhaus.

- 1933: Advento do Nazismo. Encerra-se o capítulo europeu de performances. O eixo principal se desloca para a América.

- 1936: Fundação da Black Mountain College, na Carolina do Norte, EUA. O objetivo da instituição é o de desenvolver a experimentação nas artes e de incorporar a experiência dos europeus.

- John Cage e Merce Cunninghan, dois artista exponenciais na arte da performance, emergem da Black Mountain.



Merce Cunninghan, Antic Meet, 1958. O artista propõe uma dança fora de compasso e não coreografante, abrindo passos importantes para a dança moderna.

- 1959: Os espetáculos recebem o nome de happening (manifestações que incluem várias mídias, como artes plásticas, teatro, art-colagge, música, dança etc). Allan Kaprow realiza na Reuben Gallery, em Nova York, o 18 Happening in 6 Parts, dando o pontapé a um novo conceito de encenação que será propagado pela década seguinte.

- Década de 1960: Florescimento da contracultura e do movimento hippie. Produção maciça que usa a experimentação cênica como forma de se atingir as propostas humanistas da época. Claes Oldemburg usa pela primeira vez o termo performance.

- Décadas de 70 e 80: das artes plásticas surge o action painting. Jackson Pollock lança a ideia de que o artista deve ser o sujeito e o objeto de sua obra.

action painting

Jackson Pollock em action painting.

- Surge a Body Art, na qual se sistematizam a nova significação corporal e a interrelação com o espaço e a plateia propostas por Pollock. O ponto de vista plástico traz uma série de inovações à cena, como o não-uso de temas dramatúrgicos e o não uso da palavra impostada.

- Parte-se para experiências mais sofisticadas e conceituais que incorporam tecnologia e incrementam o resultado estético. Início do que os americanos chamam de performing art.

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