quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Artistas e Pesquisadores


Do vasto grupo de pensadores e artistas que adotaram esse gênero como expressão, selecionamos alguns representantes para ilustrar nossa pesquisa. Artistas que em diversos momentos e lugares tem realizado ações e performances com caractrísticas diversas: narcisística e autobiográficas, intrigantes, ritualísticas, militares, escatológicas, de puro entretenimento, entre outras. Performers em produção voltados para a exploração dos limites do corpo físico, psicológico e social ao lado daqueles que já estreitaram as fronteiras ente a arte e a vida a tal ponto em que o ato de respirar é uma ação performática e espetácular.

Figura 1. Marcel Duchamp como
Rrose Sélavy. 1920.
Foto: Man Ray. Fonte: MINK (2000).

Figura 2. Yves Klein.
Antropometriesl.1960.
Fonte: WEITEMEIER (2001).

Figura 3. WalkaroundTime.
Primeira representação de
Merce Cunningham com
cenografia de Jasper Johns e
participação de Marcel Duchamp. 1968
Foto: Oscar Bailay.
Fonte: MINK (2000).


Outros artistas representativos da arte da performance ao redor do mundo são Chris Burden, Dennis Oppenheim, Hermann Nitsch, Günter Brus, Otto Mühl, Rudolf Schwarzkogler, Robert Rauschenberg; Stelarc, Matthew Barney, entre tantos que elegeram o corpo como objeto de suas respectivas investigações artísticas.

Figura 4. Murakami Saburo. Passage. 1955.



Figura 5. Wolf Vostell. Electronic
Dé-coll/age. Happening Room. 1968.
Foto: R. Friedrich.

Figura 6. Joseph Beuys. How to
explain pictures to a dead hare. 1965.



Figura 7. Gilbert & George. The sing sculpture.
1969.

No universo feminino, conhecemos a significativa trajetória da artista Marina Abramovic. Nascida em Belgrado, em 1946, é a grandmother da performance art – assim ela se autodenomina. Ao lado de seu companheiro Ulay, Abramovic tornou a performance um experimento constante, um espaço de investigação dos limites e das possibilidades do corpo. Performances como “Rhythm”, série da década de 1970, são exemplos de ações em que a artista testou os limites do corpo em várias situações, resistindo à dor e ao sofrimento físico/psicológico. Ainda sobre performances realizadas por mulheres, poderíamos citar as produções de Rebecca Horn; Gina Pane; Yoko Ono; Ann Hamilton; Tânia Bruguera; Laurie Anderson; Coco Fusco; Angelika Festa; Valie Export; Mariko Mori; Guerilla Girls; entre outras.

Figura 8. Marina Abramovic.
How to explain pictures to a dead hare. 2005.
Performance de Joseph Beuys.



Figura 9. Orlan. Le baiser de l’artiste.
1977.

Figura 10. Carolee Scheneemann.
Interior scroll. 1975.


Figura 11. Ana Mendieta. Tree of life
Década de 1970.

Enquanto os precursores do gênero performance colhem os frutos de suas apresentações pretéritas, divulgando e comercializando os registros dessas produções, realizando novas mostras no circuito de galerias e museus (Marina Abramovic, Gilbert & George, Orlan, Chris Burden, entre outros), novas gerações de artistas, teóricos e interessados na linguagem da performance continuam a surgir.


Figura 12. Lygia Clark. Nostalgia do Corpo -
Objetos relacionais. 1965-88.


Figura 13. Márcia X. Pancake. 2001.



Figura 14. Márcia X. Desenhando com terços.
2000-2003.
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Revista Ohun, ano 4, n. 4, p.1-32 , dez 2008


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